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Podemos ou não conhecer o sertão pessoalmente, mas ele com certeza está presente em nossos aprendizados. É tanto que, com o fluxo migratório brasileiro, dificilmente você desconhece alguém que disse que “veio do sertão”. Ouvimos lindas histórias, de luta, culturais, de sobrevivência. Mas afinal, e a experiência de estar lá, qual é?

O termo “sertão”, no Brasil, seria correspondente a “outback”, na Australia. E, originalmente, corresponde a uma das quatro sub-regiões do Nordeste brasileiro. Ela abrange os estados de Alagoas, Bahia, Ceará, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte e Sergipe.

Mas há ainda o Vale do Jequitinhonha, em Minas Gerais, que inclusive pertenceu à Bahia até o final do século XVIII. E, apesar de oficialmente estar de fora do sertão, essa região mineira têm as características do sertão nordestino, que destoam das inúmeras riquezas que citaremos a seguir.

 

A raíz cultural

A região mineira tem muita similaridade com o sertão nordestino, não só pela climatologia, mas também pelos baixos indicadores sociais. Por outro lado, faz-se presente a exuberante beleza natural e a riqueza cultural, com traços das culturas indígena e negra.

É um Brasil que temos na memória afetiva, nas memórias de infância. É interior de verdade, é simplicidade e pureza. É calor humano verdadeiro. É olho no olho. Coração com coração.

 

As comunidades

As pessoas que vivem no sertão brasileiro são sábias, são sobreviventes. Já passaram por muitas dificuldades na vida e poderiam ser amarguradas, mas não! São felizes, gratas e maravilhosas. E muito hospitaleiras! Além disso, se orgulham de suas histórias e gostam de dividir tudo que sabem, especialmente com aqueles que os visitam por meio do turismo de experiência.

Por ser uma região de seca, as pessoas e o senso comum logo associam a escassez à falta. E o que vem à mente é sempre coisas ruins, difíceis, associadas a tudo o que “eles não têm”. Mas quando você chega lá se depara realmente com um cenário com muitos desafios, mas que faz com as pessoas que vivam lá sejam extremamente abundantes em amor, simpatia, respeito, valorização, ensinamentos.

Em outras palavras, se você vive na “cidade grande”, num lugar desenvolvido, provavelmente é acostumado com uma gama de recursos. Já as pessoas lá precisaram aprender a sobreviver com poucos. Portanto, a grande lição que elas trazem é como valorizar tudo o que temos. E ser gratos!

 

A força das mulheres, em especial

Para escrever esse texto, perguntamos a algumas pessoas que visitaram o Vale do Jequitinhonha por meio do turismo de experiência, especificamente, quais eram as histórias mais marcantes de sua experiência por lá. A resposta foi unânime: as das mulheres. Afinal, elas fazem daquele lugar o que ele é.

“Elas fizeram daquele lugar algo que se tornou o que é. Cada uma de nossas anfitriãs tem ricas narrativas sobre sua trajetória, mas ressalto aqui a história genérica que é a arte que elas produzem”, comenta Marianne Costa, turismóloga, fundadora da Vivejar.

De uma realidade dura, árida, inóspita, muitas vezes cruel, de pobreza, da necessidade, o que elas traduzem é beleza, capricho, criatividade, arte pura. As mulheres do Jequi expressam da maneira mais bela o que há em seu interior. Mulheres muitas vezes abandonadas por seus companheiros. Sem muitos recursos – e menos ainda perspectivas –, elas criam seus filhos, sustentam a casa e ainda encontram tempo para viver em comunidade, ajudando umas às outras.

 

O ser-tão-brasileiro

Entre os muitos lugares que você deve ir para dizer que CONHECE o Brasil, o sertão é um deles… O Brasil genuíno. É um lugar que tem a brejeirice nacional, a alegria brazuca e a simplicidade que nos caracteriza.

E aí? Ppronto para experimentar o turismo de experiência? Bóra Vivejar!